Vaticano reafirma: Maria é Mãe dos Fiéis, mas não “Co-redentora”

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O Vaticano publicou, no início de novembro, a nota Mater populi fidelis (“A Mãe do povo fiel”), aprovada pelo Papa Leão XIV e assinada pelo cardeal Víctor Manuel Fernández, prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé. O texto reacende o debate sobre o uso de títulos atribuídos à Virgem Maria, especialmente o de “Co-redentora”.

Segundo o documento, essa expressão — embora nascida de uma intenção piedosa — pode “ofuscar a mediação única e suficiente de Cristo”, e por isso não deve ser usada em definições dogmáticas. A nota convida os fiéis a retomarem o olhar sobre Maria como Mãe dos Fiéis e Mãe espiritual, títulos que refletem com clareza sua cooperação na obra da salvação, sempre subordinada a Cristo.

O tema, no entanto, gerou discussões entre teólogos e devotos. Alguns afirmam que eliminar a expressão “Co-redentora” pode enfraquecer a dimensão de participação mariana na redenção, enquanto outros veem na decisão uma salvaguarda da fé cristocêntrica.

Para especialistas, o texto não nega o papel singular de Maria, mas evita mal-entendidos teológicos. “A verdadeira grandeza de Maria está em apontar para o Filho, não em ocupar o lugar d’Ele”, resume a teóloga espanhola María Fernández Otero.

O documento reforça ainda que a devoção popular continua sendo um tesouro da Igreja — desde que unida à reta doutrina. Para o povo de fé, a mensagem é clara: amar Maria é, em essência, amar mais profundamente a Jesus.

“Quando uma expressão exige muitas explicações para não se desviar, ela não serve à fé do Povo de Deus.” (Mater populi fidelis)

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